Cirurgia de próstata: o que é, como é feita e qual seu preço?

Um diagnóstico para cirurgia de próstata pode gerar muitas dúvidas, principalmente sobre o que é, como o procedimento é feito e quanto custa. Por isso, entender os principais fatores que geram essa demanda e como agir quando não há suporte do plano de saúde é fundamental.

Você sabia que o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens? Com o avanço da idade, as chances de desenvolver a doença são ainda maiores e, por isso, é muito importante estar com os exames em dia e fazer um acompanhamento frequente com um urologista desde a adolescência.

Neste artigo, você vai encontrar as principais respostas sobre as doenças da próstata que recebem indicação para o procedimento cirúrgico e o que esperar do atendimento particular e do plano de saúde. Acompanhe!

A cirurgia de próstata é coberta pelo plano de saúde?

Existem diferentes tipos de cirurgia de próstata e todas elas devem fazer parte da cobertura dos planos de saúde. Embora hajam relatos de que a cirurgia robótica de próstata pode ser negada pelos planos por não estar presente no Rol de Procedimentos da ANS, é obrigação das operadoras cobrirem os custos do procedimento quando há indicação do médico responsável pelo tratamento.

Porém, é importante destacar que os planos de saúde são obrigados a cobrir a cirurgia de próstata desde que o plano contratado esteja na modalidade hospitalar, com ou sem obstetrícia. Esse tipo de plano cobre os custos de cirurgias emergenciais, de urgência e eletivas. Se o plano for ambulatorial, a solicitação de cobertura será negada, já que essa modalidade se limita a atender somente consultas, exames e procedimentos ambulatoriais e de pronto atendimento.

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Quais são os casos mais comuns para a cirurgia de próstata?

A cirurgia é mais indicada em casos de câncer de próstata. A prostatectomia, assim como é chamada essa cirurgia, é considerada o principal tratamento da doença, pois na maioria dos casos, com a retirada do órgão e do tumor, é possível eliminar a doença por completo, principalmente quando é realizada em estágio inicial.

O tratamento para o câncer de próstata pode variar de acordo com a situação de cada paciente, dependendo também da intensidade e da agressividade da doença. A prostatectomia é um dos tratamentos mais indicados, podendo ser indicada em conjunto de outros procedimentos, como radioterapia, quimioterapia e tratamento hormonal.

Uma característica do câncer de próstata é que a evolução da doença é lenta e, por isso, a indicação da cirurgia não necessita de urgência. Porém, ao mesmo tempo que o avanço desse câncer pode ser lento e dispensa medidas emergenciais, na maioria das vezes, o câncer de próstata não apresenta sintomas nas fases iniciais, dificultando o diagnóstico e início do tratamento precocemente.

Como é feito o diagnóstico para se fazer uma cirurgia de próstata?

Para que o câncer de próstata ou outras doenças urológicas sejam diagnosticadas no estágio inicial, é fundamental ter um acompanhamento frequente com o urologista. Dessa forma, é possível identificar possíveis sinais de que algo não está como deveria e solicitar os exames necessários para um diagnóstico correto.

Um dos exames que indicam o diagnóstico e outras alterações na próstata é o exame de toque retal. Com o palpar do médico, é possível identificar se nódulos ou tecidos endurecidos estão presentes na região e direcionar o paciente para outros exames complementares.

A dosagem de PSA é outro método eficiente para detectar a doença na próstata. Esse exame identifica a quantidade do antígeno prostático específico, o que torna o diagnóstico mais completo.

A tomografia computadorizada, ressonância magnética e cintilografia óssea também compõem o conjunto de exames que direcionam o médico a indicar a cirurgia de próstata, porém, para ter um diagnóstico preciso, é fundamental que a biópsia seja realizada.

Quais são alguns tratamentos e prevenções para não surgir problemas na próstata?

Incluir as consultas com o urologista no check up anual é uma ótima maneira de prevenção de doenças da próstata. Isso porque, com os exames clínicos periódicos é possível indicar se há alterações significativas e detectar algumas condições logo no início.

Embora existam alguns fatores de risco para o surgimento do câncer de próstata, como idade avançada, histórico de câncer na família, sobrepeso e obesidade, também há outras formas de diminuir os riscos do surgimento de condições como essa, como:

• Alimentação rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais e com menos gordura
• Praticar atividades físicas
• Manter o peso adequado à altura
• Não fumar
• Diminuir o uso de bebidas alcoólicas

Como é feita a cirurgia de próstata?

A prostatectomia é feita com anestesia geral na maioria das vezes, podendo ser utilizada também a anestesia raquidiana. Esse procedimento é conhecido pela retirada da próstata, uretra prostática, as vesículas seminais e as ampolas dos ductos deferentes. Em algumas situações, também é necessário retirar os nódulos linfáticos da região pélvica.

Essa cirurgia pode ser feita de duas formas: via robótica ou laparotomia. A cirurgia robótica utiliza métodos menos invasivos, sendo realizada por pequenos furos na barriga para que os instrumentos necessários para a retirada da próstata possam passar. Já a laparotomia é feita a partir de um corte maior na pele para que a retirada do órgão seja concluída.

Veja na tabela abaixo os diferentes tipos de cirurgia de próstata:

Tipo de cirurgia	Como é feita
Prostatectomia radical retropúbica	Técnica feita a partir de um pequeno corte na pele junto ao umbigo para remover a próstata
Prostatectomia radical perineal	Corte entre o ânus e o escroto para a remoção da próstata. Esta técnica não é muito utilizada, pois apresenta maiores riscos de atingir os nervos responsáveis pela ereção, resultando em uma disfunção erétil
Prostatectomia radical robótica	Considerada uma das técnicas mais precisas para esse tipo de procedimento. A cirurgia é feita por uma máquina com braços robóticos controlada pelo médico
Ressecção transuretral da próstata	Técnica utilizada em casos de hiperplasia benigna da próstata, ou seja, aumento da próstata que dificulta o ato de urinar. Em situações de câncer de próstata em que não é indicada a prostatectomia radical, mesmo com sintomas, essa é a técnica mais indicada

Quais são os riscos da cirurgia de próstata?

Assim como qualquer procedimento cirúrgico, a cirurgia de próstata também apresenta alguns riscos gerais, como infecção no local ou hemorragia. Porém, nos casos de câncer, outros riscos também são possíveis, como:

• Incontinência urinária leve ou total que pode durar algumas semanas ou meses após a cirurgia

• Disfunção erétil após cirurgias não robóticas. Isso acontece, pois existe o risco de afetar terminações nervosas importantes para a ereção. Embora seja um dos cenários mais temidos pelos homens, conforme a recuperação dos tecidos vai acontecendo, a situação é revertida em alguns meses ou anos.

• Infertilidade devido não haver mais a ligação entre os testículos e a uretra. Para pacientes que passarão pelo procedimento e desejam ter filhos, é recomendado considerar a possibilidade de conservar espermatozoides antes do procedimento ser realizado em clínicas especializadas.

Quanto custa uma cirurgia de próstata?

O valor dessa cirurgia pode variar de acordo com a região, da equipe médica, do hospital e da técnica utilizada. A nível de consulta, uma cirurgia de próstata robótica pode custar em média 25 mil reais que devem ser somados ao preço da equipe médica.

A melhor alternativa para não ter que arcar com os custos desse procedimento é utilizando um plano de saúde hospitalar. Além de custear todo o tratamento, o plano de saúde oferece outros tipos de atendimento que podem auxiliar na recuperação, como a fisioterapia pélvica, por exemplo.

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O que fazer se o plano de saúde negar a sua cirurgia?

As operadoras de plano de saúde não podem negar a cobertura da cirurgia de próstata mesmo que o procedimento não esteja no Rol da ANS. Porém, caso isso aconteça, é possível reverter a situação e ter a autorização imediata com a apresentação de uma liminar na justiça.

Para isso, é preciso dar entrada em uma ação judicial, reunindo os documentos necessários abaixo:

• Relatório médico detalhado
• Laudos médicos e exames que comprovam a necessidade do procedimento
• Documentos que comprovam a negativa do plano de saúde, como protocolos de ligações, troca de e-mails, documentos por escrito, entre outros;
• Carteirinha do plano de saúde, RG e CPF;
• Cópia do contrato do plano de saúde;
• Três últimos comprovantes de pagamento de mensalidades.