O que é a abdominoplastia?

A busca por saúde e bem-estar envolve várias etapas e uma delas pode ser a perda de peso. O excesso de peso pode trazer doenças como hipertensão, cansaço, dificuldade de locomoção e ainda mexer com a autoestima. Após alcançar o peso ideal, indivíduos que eram obesos precisam resolver outra questão: o excesso de pele.

Você sabia que a população de obesos com 20 anos ou mais de idade mais que dobrou no país entre 2003 e 2019, passando de 12,2% para 26,8%?

Esse e outros cuidados são necessários para garantir o bem-estar do paciente e os resultados positivos do procedimento. Por isso, se você quer saber mais sobre essa cirurgia confira o guia que preparamos para tirar todas as suas dúvidas.

O plano de saúde cobre a abdominoplastia?

A abdominoplastia é uma cirurgia plástica. E esse tipo de cirurgia não tem cobertura do plano de saúde. Mas a Agência Nacional de Saúde (ANS) determina que os planos façam essa cobertura em alguns casos. Segundo a ANS, o plano de saúde deve cobrir a abdominoplastia quando o excesso de pele for resultante de tratamento clínico para obesidade mórbida ou após a cirurgia e redução de estômago.

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Para que serve a abdominoplastia?

Ela é uma cirurgia que remove o excesso de pele, gordura e estrias localizadas na região abdominal. O procedimento pode ser feito por homens e mulheres, e costuma ser procurado não só por quem perdeu peso naturalmente, como por quem fez a cirurgia bariátrica e mulheres que já passaram por uma ou mais gestações.

A remoção do excesso de pele não é apenas uma questão estética. Essa sobra dificulta a higienização, provocando mau cheiro e até assaduras.

Ao consultar um cirurgião plástico, o paciente pode conhecer os três tipos de abdominoplastia:

• Convencional ou clássica;
• Mini;
• Circunferencial.

Quando é indicada a abdominoplastia?

A abdominoplastia é um procedimento procurado por pessoas que fizeram cirurgia bariátrica, quem perdeu quantidade considerável de gordura e também por mulheres que já passaram por uma ou mais gestações.

Veja outras indicações da cirurgia:

• Flacidez: pessoas com excesso de flacidez no abdômen e que não consegue eliminar com dietas, exercícios físicos outros procedimentos estéticos;
• Estrias: se associado a flacidez o excesso e estrias pode ser eliminado com o procedimento;
• Diástase: é a separação entre os músculos abdominais;
• Fraqueza na musculatura: pacientes com fraqueza dos músculos;
• Fatores genéticos: também estão relacionados a maior predisposição ao acúmulo de pele e flacidez na região abdominal.

Qual é a diferença entre a abdominoplastia e a lipoaspiração?

Muita gente se confunde ao pensar que a abdominoplastia vai ajudar no emagrecimento. Mas a cirurgia é recomendada para retirar o excesso de pele após um intenso processo de emagrecimento ou por causa de uma gravidez.

A lipoaspiração retira o excesso de gordura de uma determinada região do corpo. Os médicos alertam que a cirurgia não deve ser encarada como método de emagrecimento.

Como é feita a abdominoplastia?

A cirurgia pode ser feita por três tipos de procedimento diferentes:

Convencional ou clássica:

Este tipo retira quantidades moderadas de pele e exige o reposicionamento do umbigo, além de deixar uma cicatriz longa e curvada no ventre. É a mais frequente entre as realizações, sendo capaz de dar um aspecto de barriga chapada;

Mini-abdominoplastia:

Ela tem uma extensão menor. Na mini são retirados acúmulos de gordura e de pele apenas da região inferior do ventre (abaixo do umbigo), resultando em uma cicatriz menor;

Circunferencial ou Belt:

O procedimento é feito por meio de uma incisão que vai desde o abdômen até às costas. É normalmente indicada para casos mais complexos, com bastante flacidez e gordura localizada

A avaliação de um cirurgião plástico é que vai determinar qual o tipo mais indicado de abdominoplastia para cada paciente.

Como é o pós-operatório da abdominoplastia?

O paciente precisa seguir uma série de cuidados depois da cirurgia. Tudo para ter um resultado satisfatório do procedimento. O pós-operatório da abdominoplastia requer muito repouso durante os primeiros dez dias e a recuperação total demora cerca de dois meses.

Normalmente, a internação pode durar de dois a quatro dias. O paciente deve levar uma roupa de algodão fácil de vestir, com botões, para usar na alta médica.

Após a cirurgia, geralmente, é preciso o paciente usar:

• Dreno: um recipiente que faz a drenagem do sangue e líquidos acumulados no local operado. Normalmente é removido antes da alta;
• Cinta modeladora: serve para proteger a barriga e evitar o acúmulo de liquido
• Meias de compressão: para evitar a formação de coágulos e que só devem ser tiradas para tomar banho.

No caso da cinta modeladora, os médicos orientam que ela não seja tirada durante oito dias. Os cirurgiões afirmam que nesse período o paciente não pode tomar banho no chuveiro. A recomendação é que a higiene mínima seja feita com a lavagem parcial do corpo com uma esponja. E isso deve ser feito com a ajuda de um familiar, pois o paciente não pode fazer esforço. A cinta tem a função de comprimir o abdômen, dar conforto, facilitar os movimentos, evitando complicações como o seroma, que é o acúmulo de líquido junto à cicatriz.

Depois dos oito dias, o paciente pode tirar a cinta para tomar banho ou fazer o tratamento da cicatriz. Mas depois deve voltar a colocá-la, usando-a durante o dia, por pelo menos 45 dias após a abdominoplastia.

As meias de compressão só devem ser retiradas quando se volta a movimentar e caminhar normalmente, o que geralmente acontece quando se retoma às atividades do dia-a-dia.

Outros cuidados recomendados no pós-operatório são:

1. Repouso: durante os dez primeiros dias, o paciente precisa de repouso para não sentir dores;
2. Posição para dormir: é indicado dormir de barriga para cima;
3. Andar: outra recomendação é andar com o tronco levemente curvado para frente.

Qual é o preço de uma abdominoplastia?

Em um país tão grande como o Brasil o preço da abdominoplastia pode variar de acordo com a região do País onde o paciente está. O que também influencia no preço é o tipo da cirurgia indicada ao paciente. Atualmente são três os tipos de abdominoplastia

• Convencional ou clássica,
• Mini-abdominoplastia
• Circunferencial ou Belt

Por isso, em média, o procedimento pode custar entre R$ 20 mil a R$ 30 mil.

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O que fazer se o plano de saúde negar a minha cirurgia?

O primeiro passo é entrar imediatamente em contato com a operadora para exigir solução. Em casos de urgência e emergência não pode haver negativa de atendimento pelo plano de saúde.

Todos os Tribunais de Justiça do País mantêm um juiz de plantão (24 horas por dia, mesmo no período de recesso da Justiça) para atender os casos de urgência.

Mesmo quando não há urgência, o consumidor pode recorrer à Justiça, à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e aos órgãos de defesa do consumidor.

A operadora que se negar a cobrir determinado procedimento deverá fazer essa comunicação por escrito, sempre que o beneficiário do plano solicitar. A negativa deverá estar em linguagem clara, indicando a cláusula contratual ou o dispositivo legal que a justifique. Caso a operadora não forneça a negativa por escrito pode ser multada pela ANS em R$ 30 mil.

O interessado em fazer uma abdominoplastia que passou por uma cirurgia bariátrica não deve desistir de ter o procedimento custeado pelo plano de saúde. Além do procedimento ser garantido pela ANS, em 2019, uma decisão da 3ª turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), considerou que operações plásticas reparadoras para a retirada de excesso de pele em pacientes submetidos a gastroplastia (cirurgia bariátrica) devem ser custeadas pelos planos de saúde.