O que é a cirurgia de pálpebras?

O olhar é algo muito impactante na aparência de uma pessoa. Em tempos de Covid-19, com a obrigatoriedade do uso de máscaras, ele se tornou ainda mais especial. Afinal, a única parte do nosso rosto que as pessoas com quem cruzamos ao longo do dia podem ver são os nossos olhos. O contato visual é algo natural, mas agora ele virou praticamente um cartão de visita. E por isso, merece todo o cuidado. Isso porque com o passar do tempo, o excesso de pele nas pálpebras e o surgimento de bolsas na parte inferior podem conferir ao olhar um aspecto mais cansado que pode afetar a autoestima.

É aí que a blefaroplastia, ou cirurgia de pálpebras, pode ser uma grande aliada. O nome pode parecer complicado, mas o significado tem tudo a ver com o objetivo do procedimento. Blefaro é pálpebra e plastia é o processo cirúrgico destinado a reparar um órgão.

A blefaroplastia é uma cirurgia que ajuda na renovação da região dos olhos. Ela retira o excesso de pele ou gordura das pálpebras superiores e inferiores. Mas é preciso destacar que o procedimento não vai eliminar as rugas no canto dos olhos, também conhecidas como pés de galinha, e nem retirar manchas que costumam surgir nessa parte do rosto. Outra vantagem da blefaroplastia é que ela não é longa. A cirurgia dura, em média, 1h30, e dependendo do caso pode ser feita até com anestesia local.

Quais fatores podem ocasionar o olhar cansado?

A blefaroplastia das pálpebras superiores é um procedimento cirúrgico estético que permite conceder uma aparência mais jovem ao olhar removendo o excesso de pele e tecido muscular. Em certos casos, o excesso de pele na pálpebra superior é tão grande que pode obstruir o campo visual. Também existem casos onde a pálpebra superior está no seu todo descaída, chamada de ptose palpebral. E isso interfere no campo visual, afetando a visão.

Nestes últimos dois casos, a blefaroplastia não é apenas um procedimento em busca da melhoria do aspeto estético. Mas também tem como objetivo levantar a pálpebra e a resolução de um problema de obstrução à visão.

Já nas pálpebras inferiores, as bolsas são sinais evidentes do envelhecimento. Elas são a gordura existente nas pálpebras que, com o passar dos anos tornam-se mais salientes. Neste caso, a blefaroplastia inferior é um procedimento de cirurgia estética que visa extrair o excesso de gordura, conferindo à pessoa uma aparência mais rejuvenescida. Outra causa frequente de alteração da aparência da pálpebra inferior relaciona-se com o excesso e flacidez do músculo que rodeia a região ocular (músculo orbicular). A blefaroplastia inclui técnicas para corrigir esta alteração e tonificar o músculo.

Então, se você está em busca de informações sobre a blefaroplastia listamos abaixo várias perguntas que já podem ter passado na sua cabeça sobre o procedimento. Leia tudo e fique confiante para repaginar o olhar.

A cirurgia de pálpebras é coberta pelo plano de saúde?

Por ser uma cirurgia plástica, a blefaroplastia não tem cobertura do plano de saúde. A maioria das operadoras exclui operações estéticas. Mas existe a possibilidade da blefaroplastia ser custeada pelo plano. De acordo com a Agência Nacional de Saúde (ANS), o plano de saúde deve custear a blefaroplastia apenas quando o excesso de pele das pálpebras prejudicar a visão do paciente. Em caso de estética não existe cobertura.

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Quando é indicada a cirurgia de pálpebras?

A blefaroplastia não tem uma idade certa para ser indicada, pois o aparecimento dos sinais de envelhecimento varia de pessoa para pessoa. Além da idade outros fatores podem contribuir para a realização da cirurgia.

• Exposição solar sem proteção
• Predisposição genética
• Tendência a flacidez corporal
• Consumo excessivo de bebida alcoólica, cigarro e outras drogas

O procedimento pode ser feito quando o interessado perceber o aparecimento de flacidez, bolsas de gordura e rugas nas pálpebras e que isso está afetando seu bem-estar e autoestima. O primeiro passo é procurar um cirurgião plástico. É ele quem vai avaliar se a blefaroplastia é realmente o procedimento mais indicado. O cirurgião plástico também pode informar o que esperar da cirurgia, pois é um procedimento que interfere no aspecto global do rosto.

Quais são os diferentes tipos de blefaroplastia?

A blefaroplastia pode ser feita nas pálpebras superiores e nas pálpebras inferiores.

Pálpebras superiores: Quando existe a perda de tonicidade dos tecidos que origina um acumulo excessivo de pele. Nesse caso o procedimento pode ajudar na questão estética e também em desobstruir a visão

Pálpebras inferiores: a gordura existente nas pálpebras com o passar dos anos, tornam-se mais salientes e formam as conhecidas bolsas. A cirurgia extrai o excesso de gordura, conferindo à pessoa uma aparência mais rejuvenescida

Como é feita a cirurgia de pálpebras?

A blefaroplastia tem uma duração média de 1h30, e poderá ser feita sem a necessidade de longa internação em um hospital. Dependendo do caso e da avaliação do cirurgião plástico, o paciente após o procedimento pode ficar em observação por algumas horas e depois receber alta para ir para casa. Sempre com a avaliação do cirurgião, a blefaroplastia pode ser feita com anestesia geral, com sedação mais anestesia local ou somente com anestesia local.

Após a anestesia são feitos pequenos cortes na pálpebra superior, inferior ou ambas, dependendo do caso. Para disfarçar o mais possível estes pequenos cortes, presentes em qualquer procedimento deste tipo, o médico planeja a sua localização em zonas que irão encontrar-se escondidas, ficando a cicatriz praticamente invisível. Na pálpebra superior a cicatriz, geralmente, fica na prega que se forma quando o doente abre os olhos. Já na pálpebra inferior a incisão pode ser feita na face interna (na mucosa) ou na linha dos cílios.

Os pontos, geralmente, são feitos com fios de seda que são confortáveis. Normalmente, eles são removidos entre o 5º e 7 º dia após o procedimento.

Quais são as possíveis complicações da cirurgia de pálpebras?

O interessado na blefaroplastia deve ter em mente que é preciso sempre seguir as indicações do médico para reduzir a possibilidade de complicações e ter uma recuperação mais rápida e com os resultados esperados.

Confira as complicações e quando evitar a cirurgia:

• Sangramento: é a complicação mais comum, porém é rara. Isso pode acontecer sobretudo em doentes hipertensos;
• Pessoas portadoras de doenças crónicas, como a hipertensão e diabetes, devem ter a doença controlada antes de se submeterem à cirurgia;
• Grávidas não podem realizar o procedimento. A cirurgia pode ser feita depois do parto;

Como é o pós-operatório da blefaroplastia?

Após a cirurgia, o paciente pode apresentar algumas condições comuns ao pós operatório de outros procedimentos como:

1. Inchaço;

2. Equimose (quando a pele fica mais escura):

3. Fotofobia;

4. Olho seco;

Tanto o inchaço como a equimose podem desaparecer após alguns dias ou semanas. Junto a isso ocorre a fotofobia que é uma maior sensibilidade à luz, sensação de aperto e, mais raramente, o olho seco. Normalmente, esses sintomas são passageiros e vão abrandando progressivamente. O resultado definitivo da cirurgia pode ser observado, geralmente, depois de um mês. Mas isso vai depender da evolução do inchaço e cicatrização do paciente.

Qual é o preço da cirurgia de pálpebras?

Em um país tão grande como o Brasil o preço da blefaroplastia pode variar de acordo com a região do País onde o paciente está.

O preço pode variar também se será a blefaroplastia a laser ou não:

• Tradicional: em torno de R$ 1.500,00 a R$ 3.000,00
• Laser: em torno de R$ 2.500,00 a R$ 5,000.00

Outros fatores que podem influenciar no preço

• Qualificação e a experiência profissional do cirurgião plástico
• Local onde o procedimento será feito. O recomendado sempre é que a cirurgia aconteça em um hospital

Por ter tantas variáveis envolvidas, o valor do procedimento é fornecido ao paciente somente após uma avaliação do cirurgião.

Quais os benefícios da blefaroplastia?

A blefaroplastia ajuda na renovação da região dos olhos. Ela retira o excesso de pele ou gordura das pálpebras superiores e inferiores. Mas é preciso que o interessado em se submeter a cirurgia saiba que o procedimento não elimina as rugas no canto dos olhos, também conhecidas como pés de galinha, e nem retira as manchas que costumam surgir nessa parte do rosto. Além disso, a cirurgia é curta e simples se comparada a outras. Ela dura, em média, 1h30, e dependendo do caso pode ser feita até com anestesia local.

Quem já possui um plano de saúde pode tentar fazer a cirurgia com a cobertura da operadora. Mas é preciso ficar atento a regra da Agência Nacional de Saúde (ANS) que determina que planos de saúde paguem pela blefaroplastia apenas quando o excesso de pele das pálpebras prejudicar a visão do paciente. Em caso de estética não existe cobertura.

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Alexandre Desoutter

Alexandre Desoutter trabalha como editor-chefe e chefe de relações com a imprensa na HelloSafe desde junho de 2020. Formado pela Sciences Po Grenoble, trabalhou como jornalista por vários anos na mídia francesa e continua colaborando como colaborador a várias publicações.

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