O que é cirurgia ortognática?
Dormir com tranquilidade, respirar e mastigar são tarefas simples para a maioria das pessoas. No entanto quem tem uma deformidade ou anomalia dentofacial, como define a odontologia, não as executa tão bem. E é aí que a qualidade de vida e a autoestima é afetada. Esse tipo de deformidade pode ser observada em pessoas que tem um queixo maior ou a maxila maior do que a mandíbula. Muito técnico né? Então, vamos definir melhor esses termos. Maxila e mandíbula são dois tipos de ossos da face.
- Mandíbula: osso onde estão os dentes inferiores
- Maxila: osso onde estão os dentes superiores
O crescimento anormal de qualquer um desses ossos pode interferir na simetria do rosto, causando alguns problemas como distúrbios da mordida, articulações e respiração. E ainda afetar a estética facial. Para fazer essa correção, na maioria dos casos, é indicada a cirurgia ortognática.
Confira aqui as informações detalhadas sobre essa cirurgia que auxilia nesta correção. Saiba quando ela é indicada, como é feita e a recuperação. Quem tem a cobertura de uma operadora de saúde vai descobrir se essa cirurgia pode ser feita pelo plano.
Mas, se você ainda não tem um plano de saúde, não se preocupe. Vamos te apresentar uma ferramenta moderna e precisa que vai te ajudar na escolha do plano de saúde ideal para as suas necessidades. Confira!
A cirurgia ortognática é coberta pelo plano de saúde?
Sim! A cirurgia ortognática é coberta pelo plano de saúde, pois está no rol de procedimentos cobertos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), garantida pela resolução normativa 211 da ANS. Ela garante a cirurgia ao estabelecer “cobertura dos procedimentos cirúrgicos buco-maxilo-faciais, para a segmentação hospitalar, incluindo a solicitação de exames complementares e o fornecimento de medicamentos, anestésicos, gases medicinais, transfusões, assistência de enfermagem, alimentação, órteses, próteses e demais materiais ligados ao ato cirúrgico utilizados durante o período de internação hospitalar.” O Sistema Único de Saúde (SUS) também realiza o procedimento.
Mas quem tem plano de saúde antes de solicitar a cirurgia deve saber a cobertura contratada com a operadora de saúde. Isso porque existem coberturas diferentes. O plano ambulatorial dá ao paciente cobertura de exames, consultas médicas em clínicas ou consultórios e terapias. O plano hospitalar sem cobertura obstétrica permite internações hospitalares com exceção do parto. Já o plano de saúde hospitalar com cobertura obstétrica, garante a cobertura do parto e assistência ao recém-nascido.
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Para que serve a cirurgia ortognática?
A Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (USP) define a cirurgia ortognática como uma técnica para corrigir alterações de crescimento dos maxilares, conhecidas como anomalias dentofaciais, as quais podem originar distúrbios da mordida, articulações e respiração, e também repercutir na estética facial. Trata-se, portanto, de um procedimento estético-funcional capaz de restaurar a harmonia facial e a função mastigatória. O procedimento é feito por um cirurgião dentista especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial.
Qual é o valor de uma cirurgia ortognática?
O custo dessa cirurgia depende de alguns fatores. O primeiro é a complexidade do caso de cada paciente. Além disso influenciam também no preço os materiais usados, o hospital onde ela será feita e os profissionais envolvidos no procedimento. O estado e a cidade do Brasil onde o procedimento será realizado também têm impacto no preço. Mas, de uma forma geral o valor da cirurgia ortognática pode variar, em média, de R$ 20.000,00 a R$ 40.000,00.
Quando é indicada a cirurgia ortognática?
A indicação é feita depois de uma avaliação da condição do paciente. No geral, ela é indicada desde crescimentos ósseos deficientes a exagerados. Na criança, normalmente tenta-se corrigir o problema com o uso de aparelhos ortodônticos e ortopédicos que atuem também no crescimento ósseo.
Em alguns casos excepcionais a cirurgia pode ser feita antes do final do crescimento ósseo, quando o paciente ainda for criança. Isso é feito quando as deformidades são muito severas e causam no paciente alterações da estética facial que dificultam o convívio social e trazem consequências psicológicas importantes. Em casos assim, uma segunda correção pode ser necessária após o término do crescimento do indivíduo.
No entanto, quando o paciente é adulto o tratamento ortodôntico isolado não será suficiente para a correção. Isso porque o processo de crescimento da face já terminou. Nesses casos, a cirurgia ortognática será necessária para a correção completa do problema.
Como é feita a cirurgia ortognática?
Após algumas etapas de avaliação e tratamento, que inclui o uso de aparelho ortodôntico, o cirurgião pode recomendar o tipo de cirurgia de acordo com o caso de cada paciente.
A escolha é feita de acordo com a posição do maxilar e dos dentes:
- Cirurgia ortognática classe 2: é realizada nos casos em que o maxilar de cima fica muito à frente dos dentes de baixo;
- Cirurgia ortognática classe 3: é feita para corrigir casos em que os dentes de baixo ficam muito à frente dos do maxilar de cima.
O procedimento é feito por dentro da boca e o osso é cortado e fixado em outra localização, usando placas e parafusos de titânio.
Como é o pós-operatório da cirurgia ortognática?
A alimentação, a higiene e a fala do paciente podem ser momentaneamente prejudicadas pelo inchaço. A fase mais difícil é nos primeiros 15 dias após a cirurgia. Nesse período, a alimentação é feita apenas com líquidos e uma dieta balanceada é aconselhada. Normalmente, após 30 dias o paciente já pode iniciar o retorno gradual às atividades rotineiras.
No entanto, o resultado final da cirurgia é obtido após seis meses. Neste período é realizada a finalização ortodôntica, ajuste fino da mordida, que geralmente dura de três a seis meses. Só após essa fase será possível retirar o aparelho ortodôntico.
Quais os riscos da cirurgia ortognática?
Embora sejam raros, esta cirurgia, assim como outras, pode ter alguns riscos. Entre eles estão perda de sensibilidade no rosto e sangramentos da boca e nariz. Além disto, também pode acontecer infecção no local em que foram realizados os cortes.
O que fazer se o plano de saúde negar sua cirurgia?
Em primeiro lugar o segurado precisa ter cumprido as carências exigidas pelo plano. Geralmente, as carências mais comuns são 180 dias para casos como internações de alta complexidade ou exame, 300 dias para parto e 24 horas para urgência e emergência. É preciso observar também a cobertura contratada.
Bom, se está tudo certo quanto a carência e cobertura e mesmo assim o plano negou a cirurgia ortognática a questão pode estar ligada a estética.
Isso porque o procedimento impacta no visual do paciente e, por isso, alguns planos de saúde podem alegar que o procedimento tem finalidade estética. No entanto, o principal foco da cirurgia é a correção de alterações de crescimento dos ossos da face.
Outra negativa muito comum é quanto à cobertura dos materiais utilizados na realização da cirurgia. Esse tipo de conduta é abusiva e havendo indicação médica da necessidade do procedimento para a saúde do paciente, ele deve ser coberto pela operadora assim como os materiais da cirurgia.
Confira as orientações ao receber uma negativa do plano de saúde:
- Entre em contato com a ouvidoria do plano para tentar reverter a negativa;
- Se não conseguir, solicite a negativa por escrito;
- Depois, entre em contato com a ANS para verificar a possibilidade de uma resolução;
- Caso não consiga uma solução nas outras etapas, busque a ajuda de um advogado especializado em direito da saúde para entrar com uma ação judicial;
Por isso é importante ter muito cuidado ao escolher um plano de saúde. É preciso avaliar com cuidado a cobertura oferecida, a rede credenciada e outros fatores. Mas você deve estar pensando que pesquisar um plano de saúde leva tempo. Essa tarefa pode ser fácil e rápida se você usar o nosso comparador. Ele é uma ferramenta moderna que te ajuda a encontrar a solução em saúde ideal para as suas necessidades e para o seu bolso. Aproveite e compare!
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Quais os passos a serem tomados antes do pedido de cirurgia?
O primeiro é passar pela avaliação de um cirurgião dentista especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxilofacial. Depois confira se o seu plano tem cobertura para cirurgia.
Além disso, o paciente precisa passar por alguns procedimentos. O primeiro deles é usar aparelho. Ele tem o objetivo de corrigir a posição dos dentes nas bases ósseas. Dentes superiores em relação à maxila e os inferiores à mandíbula.
Neste momento não se busca o melhor encaixe entre os dentes superiores e inferiores, ou seja, a correção da oclusão dentária. Porque isso será feito no momento da cirurgia com a movimentação das bases ósseas.
O segundo procedimento é a realização de uma simulação virtual do procedimento com o auxílio do computador. Com ela, cirurgião e paciente podem avaliar todas as possibilidades e visualizar os resultados estéticos com bastante precisão. E aí com a indicação do cirurgião é feita o procedimento cirúrgico.