O que é a cirurgia de cisto pilonidal?

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Conheça a metodologia
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Alexandre Desoutter Atualizado em janeiro 27, 2022

O cisto pilonidal, também conhecido como doença pilonidal, é um processo inflamatório localizado na região das nádegas e atinge principalmente homens entre 15 e 30 anos. O nome pode assustar um pouco quem não conhece, mas ao contrário da primeira impressão, esse tipo de cisto é uma condição simples, benigna e muito mais comum do que se imagina.

Receber esse diagnóstico pode gerar uma série de dúvidas, como quais são os sintomas, os tipos de tratamento, sobre a cirurgia e o pós-operatório. Esse também é o seu caso?

Não se preocupe. Neste artigo, você saberá os principais pontos sobre a doença pilonidal e poderá tirar todas as suas dúvidas desde o diagnóstico até o pós-operatório. Confira!

A cirurgia de cisto pilonidal é coberta pelo plano de saúde?

Sim! Embora seja uma doença considerada simples, a única forma de tratá-la é por meio de procedimentos cirúrgicos. Isso quer dizer que, mesmo sem grandes complicações, é necessário passar por uma cirurgia para eliminar o cisto do organismo e evitar problemas futuros desencadeados por ele.

Esse tipo de cirurgia se enquadra como uma cirurgia eletiva, já que pode ser programada com antecedência pelo médico e pelo paciente sem necessidade de urgência. E, por isso, a dúvida: o plano de saúde cobre esse tipo de cirurgia?

A resposta é sim. A cirurgia de retirada de cisto faz parte do Rol de Procedimentos da ANS, desde que o plano contratado seja da modalidade hospitalar, com ou sem obstetrícia. 

Por isso, no momento da contratação, é importante estar atento não somente no preço final das mensalidades, como também no tipo do contrato do plano, já que a modalidade ambulatorial costuma ser mais econômica, mas cobre somente consultas médicas, exames e atendimento em pronto socorro, não cobrindo os custos de nenhum tipo de cirurgia.

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O que causa o cisto pilonidal?

O cisto pilonidal já foi considerado uma doença congênita, ou seja, que já estava presente no organismo desde o momento do nascimento do paciente. Porém, a pouco tempo descobriu-se que, na verdade, ela é uma doença adquirida e que pode reaparecer mesmo após o tratamento. Isso quer dizer que o cisto não está relacionado com causas genéticas.

Ainda não se sabe o que pode causar o surgimento do cisto pilonidal, mas algumas teorias são discutidas entre estudiosos e pesquisadores médicos. Uma delas está relacionada a lesões geradas por pêlos soltos que se alojam subcutâneamente, ou seja, debaixo da pele. Com o calor, atrito, pressão e sem possibilidade de saída, os pêlos acabam inflamando o local, dando origem ao cisto.

Outra teoria sobre a causa do cisto pilonidal está relacionada às mudanças hormonais e alterações nas glândulas sebáceas. Nesse tipo de quadro, a foliculite surge, causando desconforto e dores no local e caracterizando o início do cisto.

Embora ainda não haja um consenso sobre as causas, alguns fatores de riscos podem ser evitados, como:

  • Ficar muito tempo sentado;
  • Roupas muito justas;
  • Sedentarismo e obesidade;
  • Falta de higiene;
  • Pelos grossos e em excesso região do cóccix.

Quais são os sintomas do cisto pilonidal?

O início da doença pilonidal pode ser silencioso, pois não apresenta sintomas muito marcantes, além de uma pequena abertura que solta um líquido turvo com mau odor. Porém, com a evolução do quadro, os sintomas também se agravam, dando origem a um nódulo entre as nádegas.

Nessa fase, é comum o surgimento de fístulas que drenam o líquido e o pus do cisto e intensificam o processo inflamatório.

Outros sintomas comuns da doença pilonidal são:

  • Dores no local
  • Vermelhidão
  • Calor
  • Pus
  • Febre
  • Cansaço
  • Náuseas

Como é feito o diagnóstico do cisto pilonidal?

As queixas do paciente e uma avaliação clínica fazem parte do processo de validação do diagnóstico de cisto pilonidal. Além disso, é necessário que alguns exames na região sejam feitos para certificar o diagnóstico.

Embora não exista exames de imagem que atestam a doença, a solicitação de um hemograma também auxilia na definição diagnóstica. Isso porque, os níveis de leucócitos podem compor a validação em conjunto com as outras avaliações mencionadas acima.

Quais são os tipos de tratamento para o cisto pilonidal?

O tratamento definitivo de cisto pilonidal é feito somente por cirurgia. Mesmo que seja possível que o cisto volte outras vezes, apenas a cirurgia é capaz de eliminá-lo por completo.

Porém, existem outros tratamentos que podem ser eficazes de acordo com a fase da doença. Na fase aguda, por exemplo, é fundamental fazer a drenagem do abscesso. Esse procedimento pode ser feito no consultório com anestesia local, ou então, em cirurgia com anestesia raquidiana ou peridural.

Após a drenagem que ajuda a reduzir a inflamação, o tratamento continua com o uso de antibióticos que dão apoio para a diminuição dos sintomas até que o quadro se estabilize e o paciente seja indicado para a cirurgia.

Como é feita a cirurgia de cisto pilonidal?

A cirurgia de cisto pilonidal é simples e, na maioria dos casos, dura em média 30 minutos. Com a anestesia raquidiana ou peridural com sedação, o paciente não sente nenhum tipo de dor ou desconforto durante o procedimento e deve ficar em observação no hospital pelas próximas horas, ou então, até o dia seguinte.

Existem 3 formas de fazer essa cirurgia: de forma aberta, fechada ou à laser. Com a técnica aberta, o local que foi retirado o cisto não recebe pontos, assim, a ferida é cicatrizada naturalmente, porém é necessário muito cuidado para fazer os curativos nesse período. Na cirurgia fechada, o médico fecha a ferida com sutura, porém, a recuperação exige mais cuidados para que o corte não infeccione e não haja ruptura dos pontos.

A cirurgia a laser é a técnica mais avançada e diminui drasticamente o tempo de recuperação. Em casos de cistos menores, por exemplo, esse período pode ser de 10 dias e os curativos são mais simples e rápidos, porém, a maioria dos planos de saúde ainda não cobre esse tipo de procedimento.

Quanto custa uma cirurgia de cisto pilonidal?

Os custos de uma cirurgia de cisto pilonidal varia por diversos fatores. Alguns deles são a técnica escolhida, o hospital onde o procedimento será realizado, a equipe que participará da operação, a cidade, entre outros pontos que influenciam diretamente no valor final.

Em média, é possível realizar esse procedimento por R$4.500,00 + os valores de internação e equipe

Por ser o único tratamento definitivo para cisto pilonidal, ser diagnosticado com a doença e ainda ter que arcar com altos custos da cirurgia pode assustar. Por isso, o melhor cenário é ter um plano de saúde que dê total assistência nas etapas pré, durante e pós operação.

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Como é o pós-operatório da cirurgia de cisto pilonidal?

A recuperação da cirurgia pode ser um tanto quanto demorada e necessitar de bastante cuidado. Por se tratar de uma região delicada e de muito contato com bactérias, os riscos de contaminação podem ser grandes se as orientações de repouso e higiene não forem seguidas.

Uma característica da cirurgia de cisto pilonidal é que, na modalidade mais convencional, a ferida pós cirurgia é mantida aberta para cicatrizar sozinha. Para que a cicatrização ocorra com sucesso, é fundamental que o paciente siga todas as orientações de higiene com o local e com a troca dos curativos. Quando o procedimento é feito dessa forma, a recuperação pode levar de 6 a 8 semanas.

A técnica fechada também implica cuidados especiais. Embora tenha o auxílio dos pontos para acelerar a cicatrização, com os movimentos naturais do corpo, há riscos de abertura do corte e infecção da ferida. Por isso, em casos como esse, é indicado que o paciente não sente por pelo menos 15 dias após a cirurgia.

No período de cicatrização é muito importante que não haja crescimento de pêlos na região, por isso, manter a área depilada faz parte das orientações do pós-operatório. Outra dica importante é manter o local sempre limpo, dessa forma, é indicado que sempre após evacuar, a área seja lavada com água ao invés do uso de papel higiênico.

Dicas finais para ter uma boa recuperação

  • Evite fazer longas caminhadas ou ficar muito tempo sentado até que a cicatrização esteja completa
  • Não nade ou entre em contato com soluções com cloro. A substância pode dificultar o processo de cicatrização e ainda, contribuir para uma infecção
  • Não use roupas muito justas, a fricção do tecido pode gerar incômodos e inflamar o local operado
  • Relações sexuais não são contraindicadas, desde o paciente se sinta disposto e sem dores ou desconfortos
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Alexandre Desoutter
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Alexandre Desoutter trabalha como editor-chefe e chefe de relações com a imprensa na HelloSafe desde junho de 2020. Formado pela Sciences Po Grenoble, trabalhou como jornalista por vários anos na mídia francesa e continua colaborando como colaborador a várias publicações.

Neste sentido, a sua função leva-o a realizar um trabalho de orientação e apoio a todos os editores e colaboradores da HelloSafe para que a linha editorial definida pela empresa seja integralmente respeitada e declinada através dos textos publicados diariamente no nossas plataformas.

Como tal, Alexandre é responsável por implementar e manter os mais rígidos padrões jornalísticos dentro da equipe editorial da HelloSafe, a fim de garantir a informação mais precisa, atualizada e especializada possível em nossas plataformas. . O Alexandre, em particular, empreende há dois anos a implementação de um sistema de dupla verificação sistemática de todos os artigos publicados no ecossistema HelloSafe, capaz de garantir a máxima qualidade da informação.

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