O que é a histerectomia, cirurgia de retirada de útero?

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Conheça a metodologia
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Alexandre Desoutter Atualizado em janeiro 24, 2022

Você sabia que a histerectomia é a segunda cirurgia ginecológica mais realizada no país? Ela consiste na cirurgia de retirada do útero, um órgão situado entre a bexiga e o reto nas mulheres, porém dependendo da gravidade da doença, o ovário e as trompas também podem ser removidos nesse procedimento.

É uma cirurgia muito comum e pode ser feita com o objetivo de tratar diversas complicações da saúde nas mulheres. Esse assunto é muito importante e entender mais sobre essa cirurgia ginecológica tão comum é essencial. Por essa razão, a leitura desse artigo pode ser uma excelente maneira de começar a compreender mais sobre o assunto. 

As indicações dessa cirurgia podem variar e é indispensável quando o tratamento clínico não foi suficiente para tratar a condição da paciente. Nesse sentido, no artigo iremos detalhar sobre as principais características envolvidas nesse procedimento cirúrgico, desde o diagnóstico até o pós-operatório. Então, se você pretende receber essas informações e estar consciente sobre a histerectomia, não deixe de conferir esse artigo.

O plano de saúde cobre a histerectomia?

Sim, a histerectomia é coberta pelo plano uma vez que consta no Rol de procedimentos da ANS. Porém, não são todos os planos de saúde que cobrem esse procedimento, ou seja, mesmo que o procedimento esteja na lista da Agência Nacional de Saúde, a cobertura desse procedimento depende de alguns detalhes. Entre eles, é importante salientar que se você possui um plano de saúde com cobertura somente ambulatorial, não será possível realizar a cirurgia pelo plano. Tendo isso em vista, para que a histerectomia seja contemplada pelo plano de saúde, é essencial que o usuário tenha um serviço que ofereça segmentação hospitalar, com ou sem obstetrícia, ou então um plano referência. 

Se você possui dúvidas acerca dessa questão, o nosso comparador pode ser uma maneira de esclarecer isso e auxiliar a melhor tomada de decisão em relação a qual plano de saúde escolher. Em poucos minutos, você consegue ter acesso a diversos tipos de plano de saúde das maiores operadoras do país e todos os tipos de cobertura, rede credenciada e preços. É muito rápido e eficaz. 

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Quando é indicada a histerectomia?

A cirurgia é indicada quando existem algumas doenças ginecológicas presentes na vida da paciente. Entre elas podemos citar os leiomiomas uterinos, hemorragias uterinas, dores pélvicas, prolapso dos órgãos pélvicos e doenças malignas. Nesse contexto, a indicação cirúrgica deve considerar quatro fatores principais:

  • A doença;
  • A resposta da paciente em relação à tratamentos anteriores;
  • A idade da mulher;
  • Se a mulher tem objetivo de engravidar. 

Após considerar todos esses fatores e avaliar a história clínica completa da paciente, o médico consegue fazer a indicação correta e determinar como deve ser realizada a cirurgia de retirada do útero. Em outras palavras, a partir do momento em que não houve melhora dos sintomas com tratamentos clínicos a cirurgia pode ser indicada para obter um resultado positivo na saúde da paciente. 

Como é feita a cirurgia de retirada do útero?

A cirurgia pode ser feita de três principais formas: via vaginal, via laparoscópica ou via abdominal. Veja abaix:

Videolaparoscopia

É a histerectomia por via laparoscópica, é feita por meio de pequenas incisões na parede abdominal da mulher e com introdução de uma câmara ótica e os instrumentos, permitindo a visualização da região para que a cirurgia seja feita, assim, não é necessário abrir a parte abdominal da paciente e como consequência há uma melhor recuperação da paciente. 

Histerectomia vaginal

É feita pela vagina, e o cirurgião também não realiza aberturas abdominais na paciente, uma vez que o útero é retirado pela via vaginal. É muito utilizado em casos de prolapso uterino e com a utilização dessa técnica, a paciente fica sem cicatriz e com uma recuperação pouco dolorosa no pós-cirúrgico.

Histerectomia abdominal

Ou “via aberta”, é feita com incisão na parede abdominal da mulher, podendo ser transversal ou longitudinal, é utilizada de forma frequente na histerectomia abdominal total. 

Um fato importante é que a histerectomia total é o principal tipo de cirurgia realizada, ou seja, é um procedimento cirúrgico frequentemente realizado. Nesse âmbito, consiste na retirada do útero e do colo uterino, que fica localizado na região superior da vagina. Por fim, é indispensável saber que a escolha do tipo de cirurgia e sua via de abordagem depende de muitos fatores individuais da saúde da mulher, entre eles o tipo da doença, o tamanho e a mobilidade do útero, observar se existem outras doenças associadas.

Como é o pós-operatório da cirurgia de retirada do útero?

Após a realização da cirurgia, é normal que a paciente sinta um desconforto, cólicas abdominais e dificuldade para urinar, podendo ocorrer também um sangramento vaginal. Assim, o médico pode receitar medicamentos como analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos com o objetivo de reduzir a dor e evitar possíveis infecções. Além disso, a paciente deve respeitar o pós-cirúrgico e tomar certos cuidados como o repouso, evitar atividade física pelo período que o médico indicar, manter uma alimentação saudável e ingerir muita água. Assim, é possível reduzir os riscos e possíveis complicações associadas ao procedimento. 

Quais os riscos da cirurgia de retirada do útero?

Os principais riscos da cirurgia de retirada do útero são associados ao grau de complexidade da realização da cirurgia em si e aos fatores de risco da paciente. Nesse contexto, quanto maior o número de comorbidades, maior será o risco de complicações durante ou após a cirurgia. Por essa razão é indispensável seguir algumas medidas preventivas indicadas no pós-operatório. Abaixo listamos os principais riscos da histerectomia:

  • Hemorragia, que pode acontecer durante a cirurgia ou após;
  • Infecção;
  • Complicações urinárias, como por exemplo a incontinência urinária;
  • Complicações intestinais.

Bom saber

É essencial fazer um risco cirúrgico e compreender quais são os possíveis riscos associados a cada caso, além de respeitar as recomendações médicas após a realização da cirurgia.

Qual é o preço da histerectomia?

O valor da cirurgia pode variar entre R$ 7000,00 a R$ 8.000,00, porém dependendo do plano de saúde que o paciente possui, ele pode ter direto a cobertura total, sem gastar nada.

Para você conferir os principais tipos de plano, o nosso comparador é uma excelente ferramenta para entender os principais tipos de cobertura e rede credenciada. Tudo isso de forma muito rápida e completa, podendo te auxiliar na escolha do melhor plano de saúde de acordo com seu objetivo e necessidade. 

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Quais os benefícios da cirurgia de retirada do útero?

O principal benefício da histerectomia, é o tratamento de doenças como o câncer de colo do útero, e outras doenças que não apresentaram melhora com tratamentos clínicos. Assim, essa cirurgia pode proporcionar a melhoria de sintomas associados às doenças ginecológicas das mulheres e melhorar a qualidade de vida.

Apesar de sabermos que existem muitas mudanças na vida da mulher após a histerectomia, o tratamento de uma doença é um benefício importante e notório. Como por exemplo a mulher que possui endometriose e realiza a histerectomia, vai ter como consequência a melhora dos sintomas associados, dor pélvica anormal e isso pode auxiliar em sua qualidade de vida, sendo um benefício notório.

O que muda na vida da mulher após a histerectomia?

Após a retirada do útero, a mulher sofre mudanças que podem impactar tanto na saúde física quanto mental. Entre essas alterações, podemos citar o ciclo menstrual da mulher que ela deixa de apresentar sangramento vaginal e quando há a retirada dos ovários também podem surgir sintomas de menopausa. Ademais, a vida sexual da mulher pode mudar pois ocorre uma redução na lubrificação vaginal e existem casos em que há necessidade de acompanhamento psicológico, uma vez que a retirada do útero pode afetar as emoções da paciente. Entretanto, um número significativo de mulheres não apresenta nenhuma alteração notória na vida íntima

A histerectomia pode afetar a bexiga da mulher durante a recuperação dos nervos do útero da mulher, alterando a capacidade de urinar. Porém, se esse problema durar por muito tempo após a cirurgia, pode ser uma lesão de longo prazo. Algumas mulheres também podem relatar uma maior facilidade para engordar, principalmente no pós-operatório, e isso pode estar relacionado às alterações hormonais após a cirurgia. Por essa razão é tão importante compreender mais sobre as necessidades da mulher e entender as possíveis consequências de realizar a histerectomia, avaliando os riscos e benefícios. 

O que fazer se o plano de saúde negar a sua cirurgia?

É muito comum que algumas operadoras neguem a cirurgia de retirada do útero, uma vez que somente planos de saúde com cobertura hospitalar têm direito a realizar essa cirurgia pelo plano. Porém, se você possui o plano adequado e com o procedimento contemplado e mesmo assim foi negado, é importante procurar um advogado especializado em Direito da Saúde, que pode entrar com uma ação judicial exigindo que a operadora custeie a cirurgia.

Dependendo do caso, é possível entrar com uma ação por danos morais também, por causa do desgaste psicológico no usuário devido à situação do plano de saúde. Por exemplo, se a cirurgia for para o tratamento de câncer de colo do útero, é obrigatória a cobertura do plano de saúde, constando no rol da ANS.

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Alexandre Desoutter
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Alexandre Desoutter trabalha como editor-chefe e chefe de relações com a imprensa na HelloSafe desde junho de 2020. Formado pela Sciences Po Grenoble, trabalhou como jornalista por vários anos na mídia francesa e continua colaborando como colaborador a várias publicações.

Neste sentido, a sua função leva-o a realizar um trabalho de orientação e apoio a todos os editores e colaboradores da HelloSafe para que a linha editorial definida pela empresa seja integralmente respeitada e declinada através dos textos publicados diariamente no nossas plataformas.

Como tal, Alexandre é responsável por implementar e manter os mais rígidos padrões jornalísticos dentro da equipe editorial da HelloSafe, a fim de garantir a informação mais precisa, atualizada e especializada possível em nossas plataformas. . O Alexandre, em particular, empreende há dois anos a implementação de um sistema de dupla verificação sistemática de todos os artigos publicados no ecossistema HelloSafe, capaz de garantir a máxima qualidade da informação.

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