Vasectomia: o que é, como é feita e seus mitos?

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Conheça a metodologia
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Alexandre Desoutter Atualizado em janeiro 19, 2022

Quando o assunto é planejamento familiar a primeira coisa que talvez venha à mente são as pílulas anticoncepcionais. Outro método muito adotado para evitar uma gravidez indesejada e também as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) é o preservativo. Mas quando o casal acha que já tem o número de filhos ideal é chegado o momento de pensar em métodos de esterilização.

A opção mais conhecida é a laqueadura que é quando as tubas uterinas da mulher, mais conhecidas como trompas, são cortadas e suas extremidades amarradas, impedindo assim a descida dos óvulos e a subida dos espermatozoides. Mas essa é uma cirurgia mais invasiva e que demanda um período de recuperação maior. Por isso, a vasectomia tem ganhado cada vez mais espaço. Ela interrompe definitivamente o canal que leva os espermatozóides dos testículos para a uretra. Assim, o homem continua a ejacular, mas sem espermatozóides.

No entanto, muitos homens ainda temem o procedimento por conta dos mitos que rondam essa cirurgia que é tão simples. Então, se esse é o seu caso, acompanhe atentamente o guia que fizemos para afastar de vez os fantasmas sobre a vasectomia e saiba tudo sobre o procedimento. Aproveite também para usar uma ferramenta moderna que vai te ajudar a encontrar o plano de saúde ideal.

O plano de saúde cobre a vasectomia?

Desde 2008, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), determina que os planos de saúde ofereçam cobertura para procedimentos de planejamento familiar. Portanto, o plano cobre a vasectomia. Mas é preciso ter informações de como solicitar a cirurgia para a operadora, pois cada uma tem seus procedimentos.

Se você ainda não tem um plano de saúde, mas quer fazer a vasectomia use o nosso comparador. Aqui você encontrará o plano de saúde certo para você, sua família ou sua empresa, fazendo uma pesquisa especifica a suas necessidades e recebendo, em menos de 20 segundos, as melhores cotações do mercado.

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Quem pode fazer uma vasectomia?

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), destaca que a vasectomia é considerada um método de esterilização e não de anticoncepção, pois estes são métodos temporários como a pílula ou o DIU, usados pelas mulheres. Por isso, é preciso seguir alguns critérios determinados pela Lei Federal 9.263 de 1996, para que um homem ou mulher possa optar pela esterilização, como a vasectomia ou a laqueadura.

Confira os principais pontos da legislação para permissão da esterilização voluntária:

  • Em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de 25 anos ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização precoce;
  • É condição para que se realize a esterilização o registro de expressa manifestação da vontade em documento escrito e firmado, após a informação a respeito dos riscos da cirurgia, possíveis efeitos colaterais, dificuldades de sua reversão e opções de contracepção reversíveis existentes;
  • Não será considerada a manifestação de vontade, durante ocorrência de alterações na capacidade de discernimento por influência de álcool, drogas, estados emocionais alterados ou incapacidade mental temporária ou permanente;
  • Na vigência de sociedade conjugal, a esterilização depende do consentimento expresso de ambos os cônjuges.

Qual é a eficácia da vasectomia?

Embora os efeitos da vasectomia sejam imediatos, impedindo os espermatozoides de chegar até o pênis, ainda podem restar alguns dentro dos canais, possibilitando uma gravidez. Por isso é recomendado utilizar outros métodos contraceptivos, como o preservativo, até três meses depois da cirurgia.

Em média são necessárias até 20 ejaculações para eliminar todos os espermatozóides que restaram nos canais. Em caso de dúvida, uma boa dica consiste em fazer um exame de contagem de espermatozoides para garantir que já foram completamente eliminados.

Como é feito o procedimento de vasectomia?

O procedimento é relativamente simples, com duração estimada de no máximo uma hora, geralmente dura cerca de 20 minutos, podendo ser feito inclusive no ambulatório, sem necessidade de centro cirúrgico.

Por meio de anestesia local, o médico faz uma pequena incisão no saco escrotal para localizar o ducto deferente. Ele leva os espermatozóides dos testículos para a uretra. O ducto é cortado e suas pontas são amarradas ou cauterizadas. Por fim, o médico fecha o pequeno corte feito para obter acesso aos canais.

Assim, o homem continua a ejacular, pois a maior parte do esperma vem da próstata e das vesículas seminais, mas sem espermatozóides. O homem já pode ir trabalhar no dia seguinte.

Como é o pós-cirúrgico do procedimento de vasectomia?

Apesar de ser um procedimento simples, alguns pacientes relatam desconforto e sensibilidade nos primeiros dias. Isso devido ao processo de cicatrização e, especialmente, ao sentar ou caminhar. Essa sensação geralmente desaparece em torno de três dias. Quanto as relações sexuais, elas podem ser retomadas uma semana após a cirurgia.

O paciente deve ter também os seguintes cuidados após a vasectomia

  • Repouso por 48 horas
  • Lavar a incisão com água e sabão
  • Manter a incisão seca e limpa
  • Evitar atividades físicas por 7 dias
  • Evitar relações sexuais por 7 dias
  • Manter os métodos anticoncepcionais até que um espermograma seja feito para certificar o sucesso da operação.

Os médicos alertam que o homem precisa lembrar que a vasectomia não afeta o desempenho sexual. Os nervos e vasos sanguíneos envolvidos na ereção não são atingidos na cirurgia. O procedimento apenas interrompe a passagem dos espermatozóides dos testículos para o pênis. O líquido seminal produzido pela próstata continua sendo ejaculado, mas sem espermatozóides. Portanto, o homem continua a ter vida sexual normal.

Quais são os mitos da vasectomia?

MitosExplicações
Causa impotência?
Os médicos são categóricos ao alertar que o risco de impotência é muito baixo. Eles afirmam que isso se deve ao fato da cirurgia ser feita nos canais deferentes que estão dentro do escroto, não afetando o pênis. No entanto, alguns homens podem sofrer com ansiedade, o que dificulta a ereção, especialmente durante as primeiras semanas, enquanto a região genital ainda está dolorida, por exemplo.
Pode alterar o prazer sexual?
Os médicos destacam que isso não acontece, pois a cirurgia não causa alterações sensoriais no pênis. Além disso, o homem também continua produzindo testosterona normalmente, o hormônio responsável por aumentar a libido. Alguns médicos chegam a apontar que a libido do homem que se submete à vasectomia tende a melhorar, pois ele passa a fazer sexo sem a preocupação com uma gravidez.
Nunca mais vou precisar usar preservativo?
É importante lembrar que é recomendado utilizar outros métodos contraceptivos, como o preservativo, até três meses depois da vasectomia. Um exame de contagem de espermatozoides pode ajudar a garantir que eles já foram completamente eliminados. Também é bom destacar que mesmo depois desse tempo o uso do preservativo é necessário. Isso porque a vasectomia não protege contra as infecções sexualmente transmissíveis como HIV, sífilis, HPV e gonorreia, principalmente se tiver mais de uma parceira sexual.
O pênis diminui de tamanho depois da vasectomia?
O pênis não é afetado no processo cirúrgico. Esse risco é totalmente descartado, assim como a perda de sensibilidade.
Existe relação entre a vasectomia e o câncer de próstata?
Não existem provas que liguem a vasectomia a qualquer tipo de câncer, inclusive, o câncer de próstata.
Mitos e explicações sobre a vasectomia.

Quanto custa uma vasectomia?

Além de ser oferecida no Sistema Único de Saúde (SUS), ser custeada pelo plano de saúde, a vasectomia também pode ser feita no particular por qualquer homem que não deseja mais ter filhos. O valor da cirurgia varia de acordo com a parte do Brasil onde o paciente mora, a clínica e o médico escolhido, mas em uma média, o procedimento pode custar em torno de R$ 3.000,00.

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Como é feita a reversão da vasectomia?

A vasectomia é um procedimento reversível, mas a taxa de sucesso da cirurgia de reconexão varia.

Em alguns casos ela pode ser revertida através da ligação dos canais deferentes, porém as chances de sucesso variam de acordo com o tempo que passou desde a cirurgia. Isto porque, com o tempo, o corpo deixa de produzir espermatozoides e começa a produzir anti-corpos que eliminam os espermatozoides produzidos.

Assim, após vários anos, mesmo que o corpo volte a produzir espermatozoides, podem não ser férteis, dificultando a gravidez.

Depois da reversão da vasectomia, é difícil engravidar?

A reversão da vasectomia é mais efetiva se realizada três ou quatro anos depois da vasectomia. Nesse período, o espermograma é bom em 90% dos casos e em 70% existe a chance de a mulher engravidar.

À medida que o tempo passa, a taxa de sucesso da reversão diminui. Por isso, a vasectomia deve ser um procedimento utilizado apenas quando o casal tem a certeza que não pretende ter mais filhos.

Atenção!

A cirurgia de reversão não é oferecida pelo SUS.

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Alexandre Desoutter
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Alexandre Desoutter trabalha como editor-chefe e chefe de relações com a imprensa na HelloSafe desde junho de 2020. Formado pela Sciences Po Grenoble, trabalhou como jornalista por vários anos na mídia francesa e continua colaborando como colaborador a várias publicações.

Neste sentido, a sua função leva-o a realizar um trabalho de orientação e apoio a todos os editores e colaboradores da HelloSafe para que a linha editorial definida pela empresa seja integralmente respeitada e declinada através dos textos publicados diariamente no nossas plataformas.

Como tal, Alexandre é responsável por implementar e manter os mais rígidos padrões jornalísticos dentro da equipe editorial da HelloSafe, a fim de garantir a informação mais precisa, atualizada e especializada possível em nossas plataformas. . O Alexandre, em particular, empreende há dois anos a implementação de um sistema de dupla verificação sistemática de todos os artigos publicados no ecossistema HelloSafe, capaz de garantir a máxima qualidade da informação.

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