Carteira de criptomoedas

Sempre um tema relevante quando se fala em ativos virtuais. Nesse sentido, a questão ganha ainda mais destaque em meio a alta entrada de investidores que temos presenciado nos últimos anos.

Segundo dados divulgados pela organização TripleA, são mais de 10 milhões de brasileiros investindo em criptoativos atualmente.

Contudo, muitas pessoas acabam arriscando seu patrimônio ou até pagando taxas abusivas em virtude da forma como alocam seus valores. Você sabe o que é uma carteira de criptomoedas? Conhece seus tipos? E as vantagens?

Continue a leitura e fique por dentro!

O que é uma carteira de criptomoedas?

Em resumo, uma carteira de criptomoedas (cripto wallet) é uma ferramenta que ajuda a se conectar com a blockchain, guardar os ativos e fazer transações. A sua carteira de criptomoedas pode ter diferentes formas, sejam ela físicas ou digitais.

Apesar de o conceito ser simples, a questão das carteiras de criptomoedas e seus desdobramentos tem impacto em diferentes perfis de investidor. Pensando nisso, ao longo das próximas seções veremos a importância das carteiras de criptomoedas e como elas ajudam a deixar seu patrimônio mais seguro.

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Quais são os tipos de carteiras de criptomoedas que existem?

Tendo em mente a definição de carteira de criptomoedas, é hora de entendermos melhor as diferentes alternativas disponíveis no mercado.

Primeiramente, é interessante comentar que as carteiras de criptomoedas são divididas em 2 tipos: "Carteiras quentes" (Hot Wallets) e "Carteiras frias" (Cold Wallets).

À primeira vista, pode parecer que são muitas informações e categorias para avaliar. Porém, considerando os diferenciais de cada alternativa, a escolha tende a se tornar menos complicada. Confira abaixo as definições de cada tipo de carteira e fique por dentro dos detalhes sobre o assunto.

Hot wallet

As carteiras quentes são aquelas que estão sempre online, tais como softwares, aplicativos e plataformas na web. Desta forma, a maioria das hot wallets tem como ser utilizada via computador, smartphone ou tablet. É justamente a variedade de conexões que faz das carteiras quentes uma referência em praticidade e acessibilidade para operar no cotidiano.

Cold wallet

Encontradas em dispositivos como hardware ou papel, as carteiras frias não estão todo o tempo conectadas à internet. Portanto, seu destaque é o aspecto de segurança e proteção contra golpes online. Normalmente as cold wallets podem ser acessadas apenas com uma conexão direta ao computador e exigem um tempo maior para realizar as operações.

Como funcionam as carteiras de criptomoedas?

Agora que já vimos quais as categorias de carteira existentes, é hora de conferir como tudo funciona na prática.

Primeiramente, quando você faz a sua carteira de criptomoedas, a responsabilidade de manter os ativos seguros passa a ser sua. Ou seja, é como se você fosse o seu próprio banco.

Inclusive, conhecer certos termos mais técnicos é de grande ajuda para que o investidor comece a se familiarizar com as dinâmicas que está lidando.

Veja a seguir 4 definições que você precisa compreender antes de criar a sua carteira cripto:

Chave-mestra (seed) - Ao criar uma wallet, é recebida a seed, uma senha de 12 a 24 palavras usada para recuperação da carteira. A chave-mestra não deve ser compartilhada com ninguém, uma vez que ela libera o acesso ao seu dinheiro depositado em criptomoedas.

Chave de pública - Representa "endereço" da sua carteira e pode ser compartilhado com outras pessoas, tal como o número de uma conta bancária.

Chave privada - É o que há de mais confidencial na sua carteira, é a chave que comprova a sua propriedade e dá acesso às criptomoedas.

Backup da carteira - Cópia de segurança da carteira, usualmente feita em um arquivo criptografado contendo a chave privada. Profissionais de segurança cibernética indicam que o backup não seja feito no celular, computador ou qualquer meio online. A sugestão é que se faça o backup em um pen drive ou cartão de memória.

Por que ter uma carteira de criptomoeda?

Especialistas de todo o mundo recomendam que os investidores tenham uma carteira de criptomoedas, e os motivos para tantas indicações não são poucos. Veja os principais:

Controle total sobre o seu patrimônio - Você toma a custódia das próprias chaves, sem deixar os ativos dependentes das corretoras. Afinal, se a corretora vai a falência existe o risco de perda para os investidores que deixaram suas moedas na exchange.

Mais segurança - Como as corretoras gerenciam um alto fluxo de ativos todos os dias, elas acabam se tornando visadas por hackers. Mesmo com esforços constantes para mitigar os riscos de ataques, nenhuma instituição é 100% inviolável.

Sigilo de dados - Tendo em vista que suas chaves não estão com a corretora, além de seu dinheiro estar menos vulnerável, sem uma conta oficial na exchange, suas informações e dados bancários ficam somente com você.

Como criar uma carteira de criptomoedas?

Tão importante quanto saber como funciona uma carteira de criptomoedas, é poder aplicar o conhecimento no dia a dia. Diante disso, preparamos um passo a passo prático para criar uma carteira de criptomoedas.

5 passos para criar uma carteira de criptomoedas (online)

1. Escolha a plataforma e faça o download do software ou aplicativo
2. Cadastre seus dados para abrir a conta
3. Crie sua carteira
4. Guarde sua chave de segurança em um meio offline
5. Deposite suas criptomoedas

Para as cold wallets, o processo tem menos etapas. Na maioria dos casos basta adquirir o dispositivo, baixar o software no site da marca e iniciar os depósitos.

Quais são as vantagens e desvantagens dos diferentes tipos de carteira de criptomoedas?

A partir do momento em que a pessoa decide assumir a custódia das próprias criptomoedas, além das responsabilidades, costumam surgir dúvidas sobre as diferentes modalidades de carteira disponíveis no mercado. Pensando em simplificar a questão, preparamos uma lista com os principais prós e contras de cada categoria existente.

Como escolher uma carteira de criptomoedas?

Considerando o que vimos até aqui sobre as carteiras de criptomoedas e seus benefícios, deixamos 3 dicas que podem ajudar a decidir onde guardar os fundos.

1. Olhe para você - O primeiro passo é fazer perguntas que colaborem para formar o seu perfil: Qual é o seu objetivo com as criptomoedas: um investimento a longo, curto prazo ou ambos? Quais moedas serão negociadas? Por quais meios deseja acessar seus fundos? Computador, celular ou navegador?
   
2. Conheça bem a empresa - Pesquisar o histórico da empresa que oferece a cripto carteira é fundamental, pois ajuda a ter uma noção maior sobre a confiabilidade do sistema. Ademais, checar as opiniões dos clientes que utilizam os serviços pode ser uma boa ideia para fundamentar a sua escolha.
   
3. Avalie a segurança de cada opção de carteira - Aqui a ideia é atentar aos os níveis de criptografia da plataforma ou site. Há verificação de 2 fatores? É possível recuperar a senha? Já houve algum ataque de hackers ou queda do sistema? Como o problema foi resolvido?

Qual a diferença entre uma carteira e uma corretora de criptomoedas?

Em suma, a carteira de criptomoedas é um meio virtual ou físico para armazenar criptoativos. Já a corretora (exchange) é uma instituição responsável por negociações de criptomoedas, mas que também pode oferecer o recurso de carteiras a seus clientes.

Assim, as exchanges têm plataformas nas quais o patrimonio do investidor fica guardado. Por um lado, o serviço fornece praticidade de acesso, entretanto, não é indicado para a custódia de grandes quantias.

Quando se está armazenando criptomoedas pela corretora, é importante ter cuidado com taxas de custódia e tarifas de comissão ao decidir resgatar um valor em reais.

Qual é a melhor carteira de criptomoedas

A melhor carteira de criptomoedas é a que mais corresponde às suas necessidades e ao seu perfil de investimento. Isto é, a decisão vai depender do seu posicionamento no mercado e dos recursos que importam para você, desde a segurança dos ativos até a rapidez para acessar seus fundos.

Por fim, é interessante lembrar que ter uma carteira online, não impede a criação de uma carteira offline e vice-versa.

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_{Disclaimer: O material contido no presente artigo é de caráter meramente informativo e não constitui qualquer tipo de aconselhamento de investimentos, não devendo ser utilizado para esta finalidade. Seu único propósito é popularizar conceitos e trazer conteúdos atuais ao público.}

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Alexandre Desoutter

Alexandre Desoutter trabalha como editor-chefe e chefe de relações com a imprensa na HelloSafe desde junho de 2020. Formado pela Sciences Po Grenoble, trabalhou como jornalista por vários anos na mídia francesa e continua colaborando como colaborador a várias publicações.

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