Os planos de saúde em tempos de COVID-19?

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Alexandre Desoutter Atualizado em dezembro 30, 2021

Durante o enfrentamento da pandemia do COVID-19, muitas mudanças ocorreram nos planos de saúde. Os direitos e deveres foram alterados, assim como a criação de novas regras e isso gerou um cenário diferente para os usuários. Tendo isso em vista, além de mudanças na carência e mensalidade, o número de usuários aumentou significativamente durante a pandemia, demonstrando uma maior preocupação dos brasileiros com a saúde. Outro acontecimento importante durante a pandemia foi o aumento do número de usuários acima de 59 anos, isso confirmou a relevância de se ter um plano de saúde, principalmente em momentos críticos como na pandemia.

Você sabia que o número de brasileiros com planos de saúde aumentou em torno de 1 milhão durante a pandemia?

Além do fato da pandemia ter impulsionado a busca por planos de saúde, existem muitas alterações dentro das normas das operadoras que são importantes os usuários estarem cientes. Nesse sentido, se você quer entender quais são essas mudanças e como agir diante desse novo cenário, esse artigo é ideal. Nele, iremos tratar sobre os principais detalhes do plano de saúde durante a pandemia, quais os direitos do usuário e o que esperar nos próximos anos. Sendo assim, se você quer compreender todos esses pontos, a leitura desse artigo pode ser de extrema relevância.

Quais são as obrigações do seu plano de saúde?

Durante a pandemia, as principais obrigações dos planos de saúde são:

  • Realizar testes do COVID-19;
  • Atendimento via telemedicina, para garantir a segurança dos usuários;
  • Cumprimento de carência;
  • Prazo máximo para atendimento, com o objetivo de reduzir a aglomeração;
  • Continuidade de atendimento mediante inadimplência;
  • Reajuste anual.

Ao longo do artigo, iremos detalhar cada uma dessas obrigações, porém, cada plano de saúde pode ter suas diferenças em relação à elas. Nesse sentido, usar o nosso comparador pode ser excelente para observar cada uma dessas mudanças e comparar, de forma rápida, cada operadora e tipo de plano. É muito simples, prático e eficaz.

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O que fazer em caso de suspeita de COVID?

Primeiramente, deve-se observar quais os sintomas você possui e se eles se encaixam na possibilidade de ser COVID. Nesse sentido, fizemos uma lista com os sintomas mais comuns do coronavírus:

  • Febre;
  • Cansaço;
  • Tosse;
  • Perda de paladar ou olfato;

Se você observar que possui um destes sintomas, você ainda está no início da doença, o Ministério da Saúde recomenda que o paciente permaneça em casa por 14 dias e só procurar o hospital caso os sintomas se agravem. Por essa razão, é muito importante estar atento a evolução da doença e observar se existem sintomas graves. Abaixo, listamos alguns sintomas que demonstram gravidade da doença, entre eles:

  • Falta de ar, ou dificuldade para respirar;
  • Saturação de oxigênio abaixo de 95%
  • Pressão contínua no peito;

No caso de possuir somente os sintomas leves, é importante ficar de repouso, manter hidratação e uma alimentação saudável.

Bom saber

Para ter mais informações e conhecer melhor todos os tipos de planos de saúde disponíveis no Brasil, entre em nossas páginas guia! Plano de saúde individual, familiar, empresarial, coparticipação e adesão.

Os planos de saúde cobrem testes para identificar e detectar o COVID?

Sim, é uma obrigação dos planos de saúde realizar testes para detectar o COVID. Diante da dificuldade de realizar testes de coronavírus na rede pública de saúde no Brasil, os planos de saúde vão garantir que os usuários consigam realizar os exames para detecção da Covid-19 ao ser indicado por um profissional médico. Porém, é importante citar que essa obrigação é válida somente para usuários internados. Tendo isso em vista, além dos testes para confirmar a contaminação, também será obrigação do plano arcar com todos os custos, tratamentos e os medicamentos usados durante a internação do beneficiário.

Diante de um número notório de casos de COVID, os leitos clínicos e unidades intensivas ficam sobrecarregadas. Todavia, é obrigação do plano de saúde garantir a internação do seu beneficiário, e o não cumprimento desse direito pode acarretar pena de multas e sanções da ANS (Agência Nacional de Saúde).

Caso eu faça um exame de COVID-19 por fora, o plano irá me reembolsar?

Se o beneficiário realizar um teste rápido para Sars-Cov-2 na farmácia, por exemplo, não é obrigação do plano reembolsar. Desse modo, os testes sorológicos (PCR) para COVID, são de cobertura obrigatória para os planos, quando prescritos por um médico. Se o beneficiário possui contrato de livre escolha, então o reembolso poderá ser feito de acordo com as regas estabelecidas no contrato.

Outra situação em que o reembolso poderá acontecer, seria se o usuário não encontrar rede credenciada que realize o exame de COVID-19, sendo assim necessário buscar outro local para fazer o teste.

Tenho proteção se for internado por causa de COVID?

Sim. É obrigação do plano proporcionar os testes para detectar o coronavírus e também cobrir as internações, tanto em leitos hospitalares quanto em UTI, e terapias medicamentosas que podem ser necessárias no tratamento do coronavírus.

Porém, é importante salientar que cada plano oferece um tipo de serviço e a segmentação assistencial de cada um pode ser diferente. Em outras palavras, se você possui um plano ambulatorial, terá direito a consultas, exames e terapias. Já se você possui o hospitalar, aí sim terá direito à internação.

Bom saber

Veja aqui mais informações de como e quais as documentações necessárias para contratar um plano de saúde.

Durante a pandemia, como funciona a carência dos planos de saúde?

Devido ao número crescente de casos de coronavírus, se o paciente tiver o plano de saúde e necessitar de atendimento médico urgente, como internação por exemplo, isso não pode ser negado pelo plano.

Mesmo se a carência não tiver sido cumprida ainda, o beneficiário terá direito a internação. Porém, se o caso não for urgente como o exemplificado acima, a carência continua valendo e é importante realizar o seu cumprimento.

Bom saber

Veja aqui nosso guia total sobre as Carências dos planos de saúde.

Crescimento dos planos de saúde durante a pandemia do COVID.

Durante a pandemia, houve um impacto no setor de planos de saúde no Brasil. Nesse contexto, o número de beneficiários cresceu, atingindo um número de 48,4 milhões de beneficiários, demonstrando um acréscimo de 1 milhão de novos contratos. A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) registrou que esse é o maior número de beneficiários registrados em 5 anos. Assim, é incontestável dizer que houve um crescimento notório dos planos de saúde durante a pandemia do COVID.

Outro fator interessante relacionado à esse crescimento foi a modalidade de contratação, demonstrando um número maior de clientes acima de 59 anos buscando planos de saúde. Os principais estados que tiveram esse aumento de usuários foram Minas Gerais, São Paulo e Paraná, com crescimento de 9,2%. Além do aumento no número de contratantes, a sinistralidade também demonstrou um acréscimo significativo. Tendo isso em vista, sinistralidade mede a relação entre o número de procedimentos feitos pelo usuário e o valor pago pela empresa para o plano, e a porcentagem ficou em 84,2% no segundo trimestre de 2021.

Bom saber

Leia mais sobre os melhores planos de saúde para idosos AQUI.

Visite o nosso comparador de planos de saúde.

Diante de um cenário incerto como o da pandemia, é muito importante escolher com sabedoria um plano de saúde. Principalmente porque os planos podem proporcionar uma segurança e garantir o direito de internação, terapias e exames necessários à patologia, determinando um tratamento eficaz. Nesse sentido, o comparador da HelloSafe é uma ferramenta essencial para ser utilizada nesse processo de escolha, podendo te ajudar a comparar os principais planos de saúde. Assim, você consegue fazer uma escolha segura e consciente, comparando as operadoras e qual plano se encaixa melhor de acordo com sua necessidade e expectativa, além de comparar qual mensalidade é mais adequada para você.

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Qual é a projeção dos planos de saúde em relação ao COVID?

A pandemia trouxe um novo panorama financeiro para as operadoras de planos de saúde, impactando em um aumento das despesas. Como por exemplo na NotreDame Intermédica, os gastos foram muito altos e isso explica o prejuízo financeiro declarado pela empresa. Nesse cenário de altos gastos e pouca utilização dos usuários, as operadoras seguem uma estratégia de manter produtos mais acessíveis e regionais, opções para pequenas e médias empresas, focando principalmente no atendimento primário e acompanhamento do paciente, atendimento virtual e expansão da rede credenciada.

Com relação a assuntos diretos ao COVID-19, as principais operadoras de plano de saúde acreditam que o distanciamento social e o uso de máscaras permaneçam ainda por um tempo considerável. Além disso, acreditam que a doença pode deixar sequelas para os usuários, sendo importante investir em atendimentos multiprofissionais e qualidade de assistência ao doente, visando um melhor prognóstico e consequentemente maior satisfação do usuário com seu plano de saúde. Por fim, é imprescindível a compreensão de que a pandemia acelerou a revolução digital no setor de Saúde, sendo necessário investir em tecnologia e profissionais com novas competências.

Portanto, em relação ao cenário financeiro, a principal projeção para os próximos anos é de um aumento na mensalidade dos planos de saúde, em até 25%. Ademais, espera-se um maior envolvimento dos clientes nas decisões sobre cuidados com a saúde, assim como utilização de consultas virtuais e mais inovações tecnológicas relacionadas à saúde. Portanto, isso reflete uma necessidade de mudar, inovar e se adaptar ao novo cenário que os planos de saúde estão esperando para os próximos anos, considerando toda a mudança proporcionada pela pandemia do COVID-19. A maneira que as operadoras vão lidar com as questões levantadas durante a pandemia vai determinar a capacidade de prosperar e se recuperar no cenário pós-pandêmico, isso inclui compreender que o usuário cada vez mais torna-se protagonista.

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Alexandre Desoutter
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Alexandre Desoutter trabalha como editor-chefe e chefe de relações com a imprensa na HelloSafe desde junho de 2020. Formado pela Sciences Po Grenoble, trabalhou como jornalista por vários anos na mídia francesa e continua colaborando como colaborador a várias publicações.

Neste sentido, a sua função leva-o a realizar um trabalho de orientação e apoio a todos os editores e colaboradores da HelloSafe para que a linha editorial definida pela empresa seja integralmente respeitada e declinada através dos textos publicados diariamente no nossas plataformas.

Como tal, Alexandre é responsável por implementar e manter os mais rígidos padrões jornalísticos dentro da equipe editorial da HelloSafe, a fim de garantir a informação mais precisa, atualizada e especializada possível em nossas plataformas. . O Alexandre, em particular, empreende há dois anos a implementação de um sistema de dupla verificação sistemática de todos os artigos publicados no ecossistema HelloSafe, capaz de garantir a máxima qualidade da informação.

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